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Europa emerge do confinamento, mas infecções na asia disparam
A sorte mista ilustra o ato de grande repercussão que os governos enfrentam em todo o mundo enquanto tentam ressuscitar as economias destrua­das enquanto controlam uma pandemia que já matou mais de 282.000 pessoas e infectou mais de 4,1 milhões.
Por Medicalxpress - 11/05/2020

Doma­nio paºblico

A Swathes of Europe iniciou o longo processo de reabertura dos bloqueios por coronava­rus na segunda-feira, mas um ressurgimento de infecções na China e na Coreia do Sul ofereceu um lembrete sanãrio dos perigos de uma segunda onda de casos.

A sorte mista ilustra o ato de grande repercussão que os governos enfrentam em todo o mundo enquanto tentam ressuscitar as economias destrua­das enquanto controlam uma pandemia que já matou mais de 282.000 pessoas e infectou mais de 4,1 milhões.

Enquanto a Frana§a e a Espanha adotavam novas liberdades e a Gra£-Bretanha trazva um caminho para a normalidade, a cidade chinesa de Wuhan, onde nasceu a pandemia, relatou um segundo dia de novos casos depois de um maªs sem um sinal do va­rus.

E a vizinha Coreia do Sul anunciou seu maior número de infecções por mais de um maªs, impulsionada por um grupo no distrito de vida noturna de Seul.

Com milhões de desempregados e economias gravemente feridas, os governos estãodesesperados para acertar o acelerador, mas a maioria estãooptando por uma abordagem gradual, pois os receios sobre o ressurgimento do va­rus parecem grandes.

Em partes da Europa, as autoridades foram encorajadas por tendaªncias promissoras, com as fatalidades dia¡rias da Espanha caindo para 123 e a Ita¡lia - que foi o epicentro da Europa - relatando menos de 1.000 pacientes em terapia intensiva, a menor desde 10 de mara§o antes do pico de seu surto.

A Frana§a viu suas mortes dia¡rias declinarem por vários dias, embora tenha relatado um aumento na segunda-feira com 263, quando começou a desmantelar um hospital militar de campo criado para atender pacientes de terapia intensiva quando os hospitais estavam sendo inundados.

'Mantenha distância'

Os franceses puderam se aventurar ao ar livre sem preencher uma permissão pela primeira vez em quase oito semanas na segunda-feira, e algumas lojas reabriram suas portas.

As amplas avenidas dos Champs-Elysanães em Paris voltaram a  vida com carros e compradores esperando pacientemente para fazer compras, mas as coisas não eram como antes.

"a‰ um pouco irreal, todo mundo estãousando ma¡scaras, érealmente estranho", disse Irina, na fila do lado de fora de uma loja de cosmanãticos.

Muitos espanha³is se deleitaram em poder visitar terraa§os e cafanãs ao ar livre novamente depois de meses sob um dos mais difa­ceis confinamentos do mundo, embora os hotspots de va­rus como Madri e Barcelona permanea§am em sigilo.

"Eu realmente senti falta disso, agora vocêvaloriza esses pequenos prazeres", disse Jesus Vazquez, um construtor de 51 anos, enquanto desfrutava de um sandua­che e cerveja ao sol do lado de fora de um bar na cidade de Tarragona.

As tiras de compras foram novamente preenchidas na Granãcia, enquanto em outras partes da Europa, da Holanda a  Sua­a§a e Croa¡cia, os jovens voltaram para a sala de aula depois de semanas em casa.

Na República Tcheca, alguns adolescentes se divertiram em poder ir ao cinema novamente - um romance após meses de bloqueio.

"Quera­amos ver como éapenas ir ver um filme com meus amigos novamente", disse Tomas Fohler, de 16 anos, a  AFP por trás de uma ma¡scara, agora obrigata³ria nopaís.

A Alemanha também iniciou a reabertura de lojas, lanchonetes, escolas e academias, mas a chanceler Angela Merkel atualizou as advertaªncias para permanecer em segurança depois que dados oficiais mostraram que a taxa de infecção estãoaumentando novamente.

"a‰ necessa¡rio que possamos ter confianção de que as pessoas estãorealmente aderindo a s diretrizes ba¡sicas, mantendo distância, cobrindo a boca e o nariz, sendo atenciosos um com o outro", disse ela na segunda-feira.

Enquanto isso, na Gra£-Bretanha, o governo apresentou um "roteiro cauteloso" estabelecendo novas liberdades que inclua­am exerca­cios ao ar livre e permitiam a construção, fabricação e outros trabalhadores manuais de volta ao trabalho.

Quase sete semanas após a realização de um pedido nacional de estadia em casa, mais de 31.800 pessoas morreram na Gra£-Bretanha - um número apenas atrás dos Estados Unidos.

A Raºssia adotou uma abordagem igualmente cautelosa e disse que alguns trabalhos podera£o ser retomados nesta semana, mesmo quando os casos dia¡rios atingem mais de 11.000, um recorde nopaís, e as mortes superam 2.000.

Medos da segunda onda

Com governos de todo o mundo tentando evitar uma segunda onda, ospaíses asia¡ticos que estavam entre os primeiros envolvidos pelo va­rus, mas que desde então o trouxeram, estãosendo observados com muita atenção.

Grande parte da China começou a voltar a uma forma de normalidade e, na segunda-feira, a Disneyla¢ndia de Xangai abriu suas portas depois de três meses de paralisação.

"Estamos ansiosos pelo primeiro dia de reabertura", disse um visitante ansioso chamado Kitty.

"Ficamos em casa por cerca de dois meses e ficamos entediados o suficiente."

Mas o entusiasmo na China foi atenuado pelas nota­cias no domingo de que uma pessoa havia testado positivo para o va­rus em Wuhan. Havia mais cinco casos na segunda-feira.

As autoridades locais de saúde disseram que as novas infecções eram todas do mesmo complexo residencial e eram principalmente pessoas idosas.

As autoridades sul-coreanas ordenaram o fechamento de boates e bares após um novo agrupamento de pelo menos 86 casos vinculados a um distrito de entretenimento da capital - muitos em clubes gays.

As autoridades se esforçaram para rastrear milhares de pessoas que visitaram a área, mas muitos esforços foram dificultados por muitos que se acredita relutantes em avana§ar por causa do estigma em torno da homossexualidade.

"Se vocêhesitar em um aºnico dia, nosso rela³gio dia¡rio podera¡ parar por um maªs. Entre em contato com a cla­nica ou centro de saúde mais pra³ximo agora", pediu o primeiro-ministro Chung Sye-kyun.

O novo agrupamento levou as autoridades a adiar a reabertura das escolas nesta semana.

A Coreia do Sul já foi o lar do pior surto da asia fora da China, mas foi considerada um exemplo global por seus primeiros testes e rastreamento agressivos.

Enterros no Brasil

Quando a Europa e a asia começam a adotar uma nova normalidade pa³s-pandemia, outras partes do mundo temiam que o pior ainda estivesse por vir.

A Amanãrica Latina e o Caribe marcaram um marco sombrio neste fim de semana, passando 20.000 mortes em mais de 373.000 casos.

O Brasil foi o mais atingido, com 11.000 mortes.

Os coveiros nopaís assistiram horrorizados os corpos se acumularem.

"Quando vi pela primeira vez a rapidez com que o número de enterros estava aumentando, fiquei com medo", disse Xavier, 52, que trabalha no cemitanãrio paºblico de Manaus, capital do Amazonas, no noroeste do Brasil.

Antes da pandemia, a cidade de 2,1 milhões de pessoas registrava 30 mortes por dia, em média. Agora, o número aumentou para cerca de 100.

"Eu me acostumei. Sa³ espero que acabe logo."

 

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